domingo, 26 de novembro de 2017

REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

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Introdução

                               Aconteceu na Inglaterra na 2ª metade do século XVIII. A substituição das ferramentas pelas máquinas, da energia humana pela energia motriz (mecânica) e do modo de produção doméstico pelo sistema fabril constituiu a Revolução Industrial; revolução, em função do enorme impacto sobre a estrutura da sociedade, num processo de transformação acompanhado por notável evolução tecnológica.
As etapas da industrialização
                               Pode-se distinguir três períodos no processo de industrialização em escala mundial:
·       De 1760 a 1850 - A Revolução se restringe à Inglaterra, a “oficina do mundo”. Preponderam a produção de bens de consumo, especialmente têxteis, e a energia a vapor.
·       1850 a 1900 - A Revolução espalha-se por Europa, América e Ásia: Bélgica, EUA, França, Alemanha, Itália, Japão e Rússia. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O transporte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.
·       1900 até hoje: Surgem conglomerados industriais e multinacionais. A produção se automatiza; surge a produção em série e explode a sociedade de consumo de massas, com a expansão dos meios de comunicação. Avançam a indústria química e eletrônica, a engenharia genética, a robótica.
Artesanato, manufatura e maquinofatura
                               O artesanato era a principal forma de produção. O artesão produzia em casa, sozinho ou com a família e realizava todos as etapas da produção. A manufatura resultou da ampliação do consumo, que levou o artesão a aumentar a produção e o comerciante a dedicar-se à produção industrial. O manufatureiro distribuía a matéria prima e o artesão trabalhava em casa, recebendo o pagamento combinado. Esse comerciante passou a produzir. Primeiro, contratou artesãos para dar acabamento aos tecidos; depois, tingir e tecer; e finalmente fiar. Surgiram fábrica, com assalariados, sem controle sobre o produto de seu trabalho. A produtividade aumentou por causa da divisão social, isto é, cada trabalhador realizava uma etapa da produção.
                               Na maquinofatura, o trabalhador estava submetido ao regime de funcionamento da máquina e à gerência direta do empresário. Foi nesta etapa que se consolidou a Revolução Industrial.
A revolução social
                               A Revolução Industrial concentrou os trabalhadores em fábricas. O aspecto mais importante, que trouxe radical transformação no caráter do trabalho, foi essa separação: de um lado, capital e meios de produção (instalações, máquinas, matéria-prima); de outro, o trabalho. Os operários passaram a assalariados dos capitalistas (donos do capital).
                               Uma das primeiras manifestações da Revolução foi o desenvolvimento urbano. As indústrias concentravam um grande número de pessoas, que passaram a formar as cidades próximas às indústrias. Os artesãos, acostumados a controlar seu ritmo de trabalho, agora tinham de submeter-se à disciplina da fábrica. Passaram a sofrer concorrência das mulheres e das crianças. Na indústria têxtil do algodão, as mulheres formavam mais de metade da massa trabalhadora. Crianças começavam a trabalhar aos 6 anos de idade. Não havia garantia contra acidentes nem indenização ou pagamento de dias parados neste caso.
                               A mecanização desqualificava o trabalho, o que tendia a reduzir o salário. Havia freqüentes paradas da produção, provocando desemprego. Nas novas condições, caíam os rendimentos, contribuindo para reduzir a média de vida. Uns se entregavam ao alcoolismo. Outros se rebelavam contra as máquinas e as fábricas, destruídas em Lancaster (1769) e Lancashire (1779). Proprietários e governo organizaram uma defesa militar para proteger as empresas.
                               A situação difícil dos camponeses e artesãos, ainda por cima estimulados por idéias vindas da Revolução Francesa, levou as classes dominantes e criar a Lei Speenhmland, que garantia subsistência mínima ao homem incapaz de se sustentar por não ter trabalho. Um imposto pago por toda a comunidade custeava tais despesas.
                               Havia mais organização entre os trabalhadores especializados, como os penteadores de lã. Inicialmente, eles se cotizavam para pagar o enterro de associados; a associação passou a ter caráter reivindicatório. Assim surgiram as tradeunions, os sindicatos. Gradativamente, conquistaram a proibição do trabalho infantil, a limitação do trabalho feminino e o direito de greve.

Texto gentilmente cedido por Tatyana Sales (adfsales@sti.com.br)

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